27 fevereiro 2018

Hello from the other side...

Não acreditava que já tinha passado mais de um ano desde que aqui tinha escrito, tive de verificar as datas um par de vezes. Outubro de 2016 e esta tabanca foi deixada ao abandono. Passaram-se dias, que se transformaram em semanas, que completaram meses e, de repente, anos. A vida seguiu serena, no seu curso indomável de acontecimentos, alegrias e tristezas diversas. Não sei se foi só a falta de tempo, se foi a falta de vontade,  se foi um belo mix das duas, que me fizeram "desligar" deste estaminé. Talvez tenha achado que não tinha mais nada de interessante para contar, que a minha vidinha não é assim tão incrível. Tem dias em que me sinto verdadeiramente aborrecida nela, enquanto outros há que acho que tenho uma vida do caraças. Fiz muitas coisas nos meses que passaram, conquistei muita coisa, perdi outras tantas,  chorei que me fartei, rebolei de rir. Continuei a viver para além dos ecrãs e deste mundo virtual. Continuei a viver no mundo real, do acordar cedo e ir trabalhar. No mundo das doenças e das alegrias, das tristezas e dos talvez amanhã. Corri uma Maratona, uma meia de dúzia de meia maratonas, publiquei artigos, fui feliz, a Francisca foi para o primeiro ano, arranjei mais 3 gatos. Continuo a não saber o que quero ser quando for grande e tenho dias de profunda angústia e amargura provocadas por um cérebro falhado na produção de serotonina. Valham-me os químicos e os colos. E a certeza inabalável de que seja lá o que amanhã trouxer, lá estarei. 

06 outubro 2016

Libertem as crianças!

Não há muita coisa mais deprimente que ratos de sofá, colados no Disney, Cartoon Network ou outra coisa qualquer. Sou completamente a favor de momentos de leitura, sossegados num canto. Acho mesmo que passar um livro para as mãos das criancinhas é um acto de amor. Mas também sou por crianças que se sujam, saltam, arranham joelhos e cotovelos, chegam ao final do dia com aquele cheiro a humanidade-borrifada-a-eau-de-talho. 
  
Por crianças felizes! Que a sujidade vai com água e detergente, mas os bons momentos e as memórias ficam a vida toda! 

04 outubro 2016

Olá, Outono.



 * heranças de família, dadas pelo meu primo mais velho. O vício de Queen, que há uns tempos decidi eternizar na minha pele, em mais uma tatuagem. E sim, tenho algumas, todas em locais que só ficam visíveis se assim me der na real gana e não, não sou uma desajustada da sociedade, para quem gosta de assim rotular... 

21 setembro 2016

Francisca, a F1...

Foi o primeiro dia para o Colégio novo na passada 6a feira. Correu tudo bem. Acho que vai ser muito feliz ali e ao final do dia vinha encantada, pela mão da nova Educadora. E vinha também a chocar a bela da gastroenterite virica, que eclodiu no sábado de madrugada, em todo o seu esplendor de desarranjo gastrointestinal. E que ainda dura e dura e dura. Maneiras que, para já, ainda só esteve um dia na escola nova e esta Mãe já leva prejuízo. A minha filha é muito dotada, quanto mais não seja, na caça às bichezas, é uma espécie de carro de Fórmula 1. (pqp as maleitas infantis) 

13 setembro 2016

Um minuto de silêncio...

... por cada pseudo-intelectual que se decide a fazer grandes considerações sobre tudo em forma de "post" no facebook, mas que não sabe usar pontuação ou a diferença entre "à" e "há". Continuem, serão sempre levados muito a sério. (#sqn). 

09 setembro 2016

Wake me up when september ends

"E se der medo, vai com medo mesmo"
Posso não saber pintar, desenhar, cantar afinadinho, coser, cozinhar gourmet, ser boa de pessoas ou de deixar emoções virem à flor da pele. Mas tenho um talento especial para me reinventar. Para recomeçar. Para voltar a meter coisas em malas, engolir o medo ou simplesmente entala-lo na garganta e ir. Neste caso, nem é ir. É regressar(mos) a Casa. 

(ausente pelo blog, mais pelo instagram) 

24 agosto 2016

Escolher ser (mais) feliz.

A vida é feita de escolhas. Desde o que vestimos de manhã ao decidir que está na hora de novos desafios e de mudar. No entanto, não acredito que se acorde um dia a pensar que se vai escolher, que se vai decidir mudar, seja de vida, seja de emprego, seja de cidade (em boa verdade, eu não penso quando acordo, sou incapaz de formular uma frase, quanto mais pensamentos profundos). Acredito sim que uma decisão dessas (destas) é algo que vai crescendo cá dentro, em silêncio. Um dia, a meio da noite, a insónia acorda-nos e um monte de "e se..." enfileiram-se na mente. Volta-se a dormir, sobre o assunto e os ses. A ideia, essa fica latente, como uma infeção que vai tomando conta da nossa mente. A ideia de mudar... Vai-se sentindo o sabor, os contornos do que a mudança poderá implicar, habituando o corpo a esta nova adrenalina, aprendendo a gerir o stress que qualquer mudança implica, treinado a mente para gerir a imprevisibilidade, na medida do possível.  
Não foi uma decisão tomada de ânimo leve, não foi fácil. Tenho a certeza de que não vai ser fácil mas só o tempo vai dizer se valeu ou não a pena. Passaram-se 4 anos desde que me desterrei no Alentejo, numa cidade na qual nunca me adaptei a viver, onde não consigo gostar de viver, onde estou longe de tudo e de tantos. Numa cidade (ermo) que me repele e que eu rejeito. Acho que já dei tempo suficiente ao tempo para todas as adaptações possíveis. E depois, há todas as outras questões, como a falta que os Avós fazem à Francisca e a falta que me fazem os Avós para ajudar (sim, é preciso uma aldeia). Há a vontade de não querer deixar morrer aquele impulso de querer sempre a "extra mile"e de me sentir desafiada mentalmente, catalisada pelo medo de estar a ficar uma abóbora.  A "fuga" constante para Norte sempre que possível foi uma constante ao longo das semanas, que viraram meses, que se somaram em anos. Chegou a altura de voltar aonde pertencemos. Aonde as raízes nos darão suporte para crescer, em tantas direcções diferentes, em tantas medidas diferentes. Caindo no cliché, digo muitas vezes "vai e se der medo, vai com medo mesmo". Porque as escolhas que fazemos também passam por tentar ser (mais) feliz. 

22 agosto 2016

Dúvidas existenciais de quem sofre dos nervos.

Depois das fotos dos pés na areia/água/whatvs, surgiu agora uma nova "moda". 
Esta consiste em tirar fotos às pernas, apanhando propositadamente o pipi tendo como cenário de fundo uma praia/piscina/qualquer outro cenário onde seja aceitável, ou minimamente aceitável, usar biquini, e pretende:  
a) mostrar que a pessoa fez a depilação na zona do pipi; 
b) mostrar que a pessoa tem as pernas morenas e fez a depilação na zona do pipi; 
c) mostrar que a pessoa tem um pipi e o levou de férias;
d) todas as anteriores.
Não ponho a hipótese de ser apenas para mostrar que se está de férias num qualquer sitio a apanhar banhos de sol, porque não sei muito bem onde a parte de focagem no pipi e paisagem em fundo se enquadra. Mas isso sou eu, que sou limitada e sofro dos nervos.  

Bom dia, bom dia...






(...)
Birds don't just fly, they fall down and get up
Nobody learns without getting it wrong

I won't give up, no I won't give in
'Til I reach the end and then I'll start again
No I won't leave, I wanna try everything
I wanna try even though I could fail
I won't give up, no I won't give in
'Til I reach the end and then I'll start again
No, I won't leave, I wanna try everything
I wanna try even though I could fail

[e repetir, como um lema de vida: nunca penses que já fizeste tudo.]

08 agosto 2016

Lugares comuns

Há dias que sinto que sou um todo de lugares comuns. Vazia. Oca. Repito mantras, mais para manter a cabeça ocupada, do que por outra coisa qualquer. "Vai e se der medo, vai com medo mesmo". Lugares comuns. Bengalas dos medos que carrego e que tento guardar para mim. Os sonhos agitados. O desligar do aqui e agora, em tantos momentos, para me fechar em mim, perdida em pensamentos vagos e desconectado de um todo. "Vai e se der medo, vai com medo mesmo". E se não sou boa o suficiente? E se não consigo? E se o medo se torna maior que eu e me dilacerar por dentro? "Vai e se der medo, vai com medo mesmo". Lugares comuns. Mas vou. t-minus... Com medo ou sem medo, vou. E quando o digo assim, o enrolar do "r" de regressar, as ondas revoltas, meu doce nevoeiro, repito: "Vai e se der medo, vai com medo mesmo".

06 agosto 2016

Eu sofro dos nervos.

Ah, a seita da "amamentação é um ato tão natural como a sua sede". 
(Prólogo: querem amamentar? Fixe para vocês. Não querem amamentar? É lá convosco! Tenho uma criança criada a leite artificial e não saiu burra, socialmente inadaptada ou enfezadinha. São escolhas, forçadas ou não, e só dizem respeito a quem as toma.) 
Agora... querem amamentar para quem quiser ver a Mãe Natureza em todo o seu esplendor? Eh pá... Tenham lá calma... Eu sei que as mamas são vossas, que todas as mulheres têm um par delas e mimimi. Acontece que eu não tenho de as ver. Eu não as quero ver, ponto final. E eu também estou no meu direito de estar sentada a tomar um café sem ter de levar com um mamaçal à minha frente.  Se querem que seja respeitada a vossa vontade de amamentar, então respeitem a dos outros quererem estar num restaurante sem terem de estar a ver a vossa criança a tomar a sua refeição diretamente da "fonte". Há muitas outras coisas que são atos da natureza ou tangas diversas, debaixo de nomes socialmente correctos, que são feitas com alguma privacidade. Ponham um avental de amamentação, uma fraldinha, qualquer coisa p'lo amor da santa! Não precisam de se fechar numa sala, num quarto escuro ou pensar em cenários semelhantes para alimentarem a vossa cria, da maneira mais natural possível. Até podem (e devem, se assim o desejarem) continuar a ter a vossa refeição/conversa/whatever... Só não precisam é de sacar a mama para fora e, enquanto eu como o meu bife, estar a assistir à natureza fazer o seu trabalho. É que por essa ordem de ideias, então eu, do outro lado da mesa, também podia começar a comer de boca aberta, mostrando o quão eficiente o meu sistema digestivo é em transformar um bife de meio kilo em algo digerível, porque afinal, é algo natural... Não querem ver o interior da minha boca enquanto mastigo, pois não? Então, eu também não quero ver a vossa mama enquanto alimentam. Simples.

05 agosto 2016

Um minuto de reflexão profunda...

... por todos aqueles que, quando reparam na tatuagem que tenho nas costas, duas patinhas, fazem a piada clássica do " ai menina, andou um bicho ai nas suas costas...".  E ainda esperam que eu me ria.